segunda-feira, 19 de março de 2012

Exposição Nando Negreiros Dia 25 de março de 2012, MI 8 conjunto 02, casa 18 B, Atelier Lourenço de Bem. Contato: Atelier Lourenço de Bem: 061 34091453 061 34091453 e Nando Negreiros: 061 96315995 – 061 82294683. Convido a todos para mais uma exposição do artista Plástico NandoNegreiros (Fernando Negreiros Janot). Essa exposição é uma espécie de retrospectiva com obras que fazem parte de diversas fases de sua produção durante esses últimos 15 anos. O evento marca o retorno desse profissional brasiliense que se afastou, por aproximadamente 5 anos, de suas atividades artísticas, e passou a trabalhar apenas como profissional da Psicologia. Será uma mostra de grande importância em sua carreira artística. Esperamos você nesse grande evento, que funciona também como um presente de aniversário para o artista plástico Lourenço de Bem, um dos mais importantes artistas do contexto cultural brasiliense, nesse espaço que foi (juntamente com a UNB) palco de surgimento da grande maioria dos artistas plásticos de Brasília, e hoje conta com uma importante galeria. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Texto de Fernando Negreiros Janot sobre a Exposição NandoNegreiros Uma espécie de retrospectiva que anuncia o retorno das atividades de um artista brasiliense de reconhecido valor na produção de objetos de arte, esculturas e pinturas. Nessa exposição será apresentada uma pequena parte de suas antigas obras. Apenas um pequeno conjunto de trabalhos de épocas e fases anteriores, que ainda estão em posse do artista ou de alguns de seus amigos próximos. Além disso, o espectador vai se deparar com obras mais atuais, dentre as quais se encontra reciclagens de alguns seus próprios trabalhos, através da utilização de um novo figurino para a reapresentação de seu antigo tema de produção artística: a reciclagem. Conceito que além de traduzir o seu fazer artístico e classificar o conjunto das técnicas que utiliza na elaboração de seus trabalhos, passa a funcionar como referencia a seu estilo. Assim na obra de Nando Negreiros acaba-se por jogar com os conceitos de técnica e estilo de maneira a atribuir o sentido de estilo a o que antes se prestava a significar apenas um mero conjunto de técnicas. Com isso percebe-se a elaboração de um belo movimento de reorganização, manipulação e re-arranjo de conceitos e criação de novos sentidos, outra característica central no fazer artístico do Nando Negreiros. Talvez possamos entender essa exposição como o resultado de uma lapidação, evolução, ou amadurecimento de um estilo. Mas também como a demonstração de uma reciclagem, tanto da obra e do estilo do artista, como a reciclagem da pessoa que é o artista. (Ass.Nando Negreiros). ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Texto de Simona Vermeire sobre a obra de Nando Negreiros. A colisão emocional com os objetos, produz obras de arte… Esta seria uma primeira impressão de uma qualquer sensibilidade estética genuína confrontada com a exposição do artista Fernando Negreiros Janot. O “passeio” lúdico e inteletual entre vários ready-made reciclados sensorialmente através de vários contextos emocionais projetados pelo olhar do público, propõe um desafio em penetrar a “marginalidade” da matéria, a subjetividade dos objetos. A técnica de bricolage torna-se um poiesis da hibridação do material plástico compósita (papel, têxteis, adesivo, agua, tinta de vinil, tinta asfáltica, tinta óleo, vidro, metal, madeira e fogo) que siga uma atitude estética claramente definida pelo artista: criar à partir de qualquer elemento da realidade que transparece pelo próprio corpo num esforço fenomenológico contínuo. A arte seria então um resultado deste passeio exuberante numa realidade “reescrita” pela sensorialidade, um spaziergangwissenchaaft (termo alemão para a ciência do passeio), reciclando visões ontológicas, alternativas e virtualidades dos objetos no plano imanente e estético. O horizonte emocional medíocre configurado pela veiculação abusiva dos arte factes no pós-moderno ambiciona o artista Fernando Negreiros na criação de “mascaras mortuárias” para esta realidade do indistinto ontológico, de faustiana alternância entre ser e não-ser. A mascara de papel-maché envolvendo garrafas, seria um embrulho inteletual para a transparência dos sentidos estéticos, das interpretações superficiais veiculadas fora de qualquer tocque emocional. O vidro, uma matéria sólida amórfica, redefine a sua essência através da cromática refinada com técnicas onde se utiliza o fogo: a transição do líquido para sólido reescreve o processo entrópico do ato criativo. O vidro torna-se a lente otica do artista que “eviscera” um possível espectador, refletindo dramáticas metamorfoses oníricas de uma psique dissonante. O contemplar no vazio destas garrafas “embrulhadas” em materialidade torna-se um “stress” gravitacional, impedindo o olhar de levitar através das transparências. As garrafas transformam-se desta maneira em “garras” do olhar e do espírito, tomando formas ilusórias de telescópios invasivos na mente fascinada do qualquer Narcis reinventando no vortex do seu reflexo: as formas helicoidais do papel maché “acumulam”, num movimento infinito, corpos abandonados durante o ato estético espontâneo. A geometria ótica do vidro, surpreendida em refletir e refratar a luz, reinterpreta uma geometria espiritual do exercício artístico, seguindo uma partitura hierofanica do objeto simples e usual (a garrafa) que se torna o recipiente do sagrado. Uma camada suave de matéria, a massa de papel maché, envolve como um útero uma transparência frágil, uma moldura materna que transfigura a garrafa, numa fonte inesgotável de interpretações psicanalíticas, entre revelar e camuflar, entre construir e desconstruir falsas alternativas em busca da própria identidade: “Minha transparêncidade enfoca a dramaticidade dos pregos que me suportam”, disse o artista num esforço paralelo de escrita ao ato de plasticizar o próprio ser. (Ass.Simona Vermeire, 14 de março de 2012). ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Link para álbum de fotos no picasa https://picasaweb.google.com/102334688264013228680/ExposicaoNANDONEGREIROS2012?authuser=0&feat=directlink Link para álbum de fotos no picasa https://picasaweb.google.com/102334688264013228680/ExposicaoNANDONEGREIROS2012?authuser=0&feat=directlink -------------------------------------------------------------------------------------------------------------



Exposição Nando Negreiros

Dia 25 de março de 2012, MI 8 conjunto 02, casa 18 B, Atelier Lourenço de Bem. 
Contato: Atelier Lourenço de Bem: 061 34091453 begin_of_the_skype_highlighting            061 34091453      end_of_the_skype_highlighting  061 34091453 begin_of_the_skype_highlighting            061 34091453      end_of_the_skype_highlighting e Nando Negreiros: 061 96315995 – 061 82294683.

Convido a todos para mais uma exposição do artista Plástico NandoNegreiros (Fernando Negreiros Janot).
Essa exposição é uma espécie de retrospectiva com obras que fazem parte de diversas fases de sua produção durante esses últimos 15 anos.
O evento marca o retorno desse profissional brasiliense que se afastou, por aproximadamente 5 anos, de suas atividades artísticas, e passou a trabalhar apenas como profissional da Psicologia. Será uma mostra de grande importância em sua carreira artística.
Esperamos você nesse grande evento, que funciona também como um presente de aniversário para o artista plástico Lourenço de Bem, um dos mais importantes artistas do contexto cultural brasiliense, nesse espaço que foi (juntamente com a UNB) palco de surgimento da grande maioria dos artistas plásticos de Brasília, e hoje conta com uma importante galeria.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Texto de Fernando Negreiros Janot sobre a Exposição NandoNegreiros

Uma espécie de retrospectiva que anuncia o retorno das atividades de um artista brasiliense de reconhecido valor na produção de objetos de arte, esculturas e pinturas. Nessa exposição será apresentada uma pequena parte de suas antigas obras. Apenas um pequeno conjunto de trabalhos de épocas e fases anteriores, que ainda estão em posse do artista ou de alguns de seus amigos próximos. Além disso, o espectador vai se deparar com obras mais atuais, dentre as quais se encontra reciclagens de alguns seus próprios trabalhos, através da utilização de um novo figurino para a reapresentação de seu antigo tema de produção artística: a reciclagem. Conceito que além de traduzir o seu fazer artístico e classificar o conjunto das técnicas que utiliza na elaboração de seus trabalhos, passa a funcionar como referencia a seu estilo.
 Assim na obra de Nando Negreiros acaba-se por jogar com os conceitos de técnica e estilo de maneira a atribuir o sentido de estilo a o que antes se prestava a significar apenas um mero conjunto de técnicas. Com isso percebe-se a elaboração de um belo movimento de reorganização, manipulação e re-arranjo de conceitos e criação de novos sentidos, outra característica central no fazer artístico do Nando Negreiros. Talvez possamos entender essa exposição como o resultado de uma lapidação, evolução, ou amadurecimento de um estilo. Mas também como a demonstração de uma reciclagem, tanto da obra e do estilo do artista, como a reciclagem da pessoa que é o artista.
                                                                                                                                (Ass.Nando Negreiros).
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Texto de Simona Vermeire sobre a obra de Nando Negreiros.

A colisão emocional com os objetos, produz obras de arte… Esta seria uma primeira impressão de uma qualquer sensibilidade estética genuína confrontada com a exposição do artista Fernando Negreiros Janot. O “passeio” lúdico e inteletual entre vários ready-made reciclados sensorialmente através de vários contextos emocionais projetados pelo olhar do público, propõe um desafio em penetrar a “marginalidade” da matéria, a subjetividade dos objetos. A técnica de bricolage torna-se um poiesis da hibridação do material plástico compósita (papel, têxteis, adesivo, agua, tinta de vinil, tinta asfáltica, tinta óleo, vidro, metal, madeira e fogo) que siga uma atitude estética claramente definida pelo artista: criar à partir de qualquer elemento da realidade que transparece pelo próprio corpo num esforço fenomenológico contínuo. A arte seria então um resultado deste passeio exuberante numa realidade “reescrita” pela sensorialidade, um spaziergangwissenchaaft (termo alemão para a ciência do passeio), reciclando visões ontológicas, alternativas e virtualidades dos objetos no plano imanente e estético. O horizonte emocional medíocre configurado pela veiculação abusiva dos arte factes no pós-moderno ambiciona o artista Fernando Negreiros na criação de “mascaras mortuárias” para esta realidade do indistinto ontológico, de faustiana alternância entre ser e não-ser. A mascara de papel-maché envolvendo garrafas, seria um embrulho inteletual para a transparência dos sentidos estéticos, das interpretações superficiais veiculadas fora de qualquer tocque emocional. O vidro, uma matéria sólida amórfica, redefine a sua essência através da cromática refinada com técnicas onde se utiliza o fogo: a transição do líquido para sólido reescreve o processo entrópico do ato criativo. O vidro torna-se a lente otica do artista que “eviscera” um possível espectador, refletindo dramáticas metamorfoses oníricas de uma psique dissonante. O contemplar no vazio destas garrafas “embrulhadas” em materialidade torna-se um “stress” gravitacional, impedindo o olhar de levitar através das transparências. As garrafas transformam-se desta maneira em “garras” do olhar e do espírito, tomando formas ilusórias de telescópios invasivos na mente fascinada do qualquer Narcis reinventando no vortex do seu reflexo: as formas helicoidais do papel maché “acumulam”, num movimento infinito, corpos abandonados durante o ato estético espontâneo. A geometria ótica do vidro, surpreendida em refletir e refratar a luz, reinterpreta uma geometria espiritual do exercício artístico, seguindo uma partitura hierofanica do objeto simples e usual (a garrafa) que se torna o recipiente do sagrado. Uma camada suave de matéria, a massa de papel maché, envolve como um útero uma transparência frágil, uma moldura materna que transfigura a garrafa, numa fonte inesgotável de interpretações psicanalíticas, entre revelar e camuflar, entre construir e desconstruir falsas alternativas em busca da própria identidade: “Minha transparêncidade enfoca a dramaticidade dos pregos que me suportam”, disse o artista num esforço paralelo de escrita ao ato de plasticizar o próprio ser.

                                                                                            (Ass.Simona Vermeire, 14 de março de 2012).

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Link para álbum de fotos no picasa
https://picasaweb.google.com/102334688264013228680/ExposicaoNANDONEGREIROS2012?authuser=0&feat=directlink
Link para álbum de fotos no picasa
https://picasaweb.google.com/102334688264013228680/ExposicaoNANDONEGREIROS2012?authuser=0&feat=directlink
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Nenhum comentário:

Postar um comentário